Bem-Vindo ao Aloha Terapias

Bem-Vindo ao Aloha Terapias
Nossa proposta é mudar os conceitos tradicionais sobre saúde e doença. Pretendemos divulgar técnicas e ações para promover a cura individual e planetária. Não podemos mais pensar que somos vítimas das doenças. Somos agentes transformadores de tudo que nos cerca e principalmente de nós mesmos.

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Quando guardamos nossos sentimentos, aprisionamos o fluxo de energia vital que passa pelo nosso corpo. A energia desses sentimentos não expressados e não assumidos fica bloqueada, produzindo um mal-estar físico e emocional gerando futuras doenças. A Doença é uma mensagem do nosso corpo, que nos diz que em alguma parte não estamos seguindo nossa verdadeira essência ou apoiando nossos desejos mais íntimos. Quanto mais optarmos pela Luz, mais saudáveis e mais cheios de vida se tornarão nossos corpos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Realidade Mundial

Este texto foi escrito por um estudante Americano. Vale a pena ler!


Chris Hedges: Orwell estava certo. Huxley, também
Published on Monday, December 27, 2010 by TruthDig.com
2011: A Brave New Dystopia
by Chris Hedges



As duas grandiosas visões sobre uma futura distopia foram as de George Orwell em
1984 e de Aldous Huxley em Brave New World. O debate entre aqueles que
assistiram nossa decadência em direção ao totalitarismo corporativo era sobre
quem, afinal, estava certo. Seria, como Orwell escreveu, dominado pela
vigilância repressiva e pelo estado de segurança que usaria formas cruas e
violentas de controle? Ou seria, como Huxley anteviu, um futuro em que
abraçariamos nossa opressão embalados pelo entretenimento e pelo espetáculo,
cativados pela tecnologia e seduzidos pelo consumismo desenfreado? No fim,
Orwell e Huxley estavam ambos certos. Huxley viu o primeiro estágio de nossa
escravidão. Orwell anteviu o segundo.
Temos sido gradualmente desempoderados por um estado corporativo que, como
Huxley anteviu, nos seduziu e manipulou através da gratificação dos sentidos,
dos bens de produção em massa, do crédito sem limite, do teatro político e do
divertimento. Enquanto estávamos entretidos, as leis que uma vez mantiveram o
poder corporativo predatório em cheque foram desmanteladas, as que um dia nos
protegeram foram reescritas e nós fomos empobrecidos. Agora que o crédito está
acabando, os bons empregos para a classe trabalhadora se foram para sempre e os
bens produzidos em massa se tornaram inacessíveis, nos sentimos transportados
doBrave New World para 1984. O estado, atulhado em déficits maciços, em guerras
sem fim e em golpes corporativos, caminha em direção à falência.
[...]
Orwell nos alertou sobre um mundo em que os livros eram banidos. Huxley nos
alertou sobre um mundo em que ninguém queria ler livros. Orwell nos alertou
sobre um estado de guerra e medo permanentes. Huxley nos alertou sobre uma
cultura de prazeres do corpo. Orwell nos alertou sobre um estado em que toda
conversa e pensamento eram monitorados e no qual a dissidência era punida
brutalmente. Huxley nos alertou sobre um estado no qual a população, preocupada
com trivialidades e fofocas, não se importava mais com a verdade e a
informação. Orwell nos viu amedrontados até a submissão. Mas Huxley, estamos
descobrindo, era meramente o prelúdio de Orwell. Huxley entendeu o processo
pelo qual seríamos cúmplices de nossa própria escravidão. Orwell entendeu a
escravidão. Agora que o golpe corporativo foi dado, estamos nus e indefesos.
Estamos começando a entender, como Karl Marx sabia, que o capitalismo sem
limites e desregulamentado é uma força bruta e revolucionária que explora os
seres humanos e o mundo natural até a exaustão e o colapso.
“O partido busca todo o poder pelo poder”, Orwell escreveu em 1984. “Não
estamos interessados no bem dos outros; estamos interessados somente no poder.
Não queremos riqueza ou luxo, vida longa ou felicidade; apenas poder, poder
puro. O que poder puro significa você ainda vai entender. Nós somos diferentes
das oligarquias do passado, já que sabemos o que estamos fazendo. Todos os
outros, mesmo os que se pareciam conosco, eram covardes e hipócritas. Os
nazistas alemães e os comunistas russos chegaram perto pelos seus métodos, mas
eles nunca tiveram a coragem de reconhecer seus próprios motivos. Eles fizeram
de conta, ou talvez tenham acreditado, que tomaram o poder sem querer e por um
tempo limitado, e que logo adiante havia um paraíso em que os seres humanos
seriam livres e iguais. Não somos assim. Sabemos que ninguém toma o poder com a
intenção de entregá-lo. Poder não é um meio; é um fim. Ninguém promove uma
ditadura com o objetivo de assegurar a revolução; se faz a revolução para
assegurar a ditadura. O objeto da perseguição é perseguir. O objeto de torturar
é a tortura. O objeto do poder é o poder”.
O filósofo político Sheldon Wolin usa o termo “totalitarismo invertido” no
livro “Democracia Ltda.” para descrever nosso sistema político. É um termo que
não faria sentido para Huxley. No totalitarismo invertido, as sofisticadas
tecnologias de controle corporativo, intimidação e manipulação de massas, que
superam em muito as empregadas por estados totalitários prévios, são
eficazmente mascaradas pelo brilho, barulho e abundância da sociedade de
consumo. Participação política e liberdades civis são gradualmente solapadas. O
estado corporativo, escondido sob a fumaça da indústria de relações públicas,
da indústria do entretenimento e do materialismo da sociedade de consumo, nos
devora de dentro para fora. Não deve nada a nós ou à Nação. Faz a festa em
nossa carcaça.
O estado corporativo não encontra a sua expressão em um líder demagogo ou
carismático. É definido pelo anonimato e pela ausência de rosto de uma
corporação. As corporações, que contratam porta-vozes atraentes como Barack
Obama, controlam o uso da ciência, da tecnologia, da educação e dos meios de
comunicação de massa. Elas controlam as mensagens do cinema e da televisão. E,
como no Brave New World, elas usam as ferramentas da comunicação para aumentar
a tirania. Nosso sistema de comunicação de massas, como Wolin escreveu,
“bloqueia, elimina o que quer que proponha qualificação, ambiguidade ou
diálogo, qualquer coisa que esfraqueça ou complique a força holística de sua
criação, a sua completa capacidade de influenciar”.
O resultado é um sistema monocromático de informação. Cortejadores das
celebridades, mascarados de jornalistas, experts e especialistas, identificam
nossos problemas e pacientemente explicam seus parâmetros. Todos os que
argumentam fora dos parâmetros são desprezados como chatos irrelevantes,
extremistas ou membros da extrema esquerda. Críticos sociais prescientes, como
Ralph Nader e Noam Chomsky, são banidos. Opiniões aceitáveis cabem, mas apenas
de A a B. A cultura, sob a tutela dos cortesãos corporativos, se torna, como
Huxley notou, um mundo de conformismo festivo, de otimismo sem fim e fatal.
Nós nos ocupamos comprando produtos que prometem mudar nossas vidas, tornar-nos
mais bonitos, confiantes e bem sucedidos — enquanto perdemos direitos, dinheiro
e influência. Todas as mensagens que recebemos pelos meios de comunicação ,
seja no noticiário noturno ou nos programas como “Oprah”, nos prometem um
amanhã mais feliz e brilhante. E isso, como Wolin apontou, é “a mesma ideologia
que convida os executivos de corporações a exagerar lucros e esconder
prejuízos, sempre com um rosto feliz”. Estamos hipnotizados, Wolin escreve,
“pelo contínuo avanço tecnológico” que encoraja “fantasias elaboradas de poder
individual, juventude eterna, beleza através de cirurgia, ações medidas em
nanosegundos: uma cultura dos sonhos, de cada vez maior controle e
possibilidade, cujos integrantes estão sujeitos à fantasia porque a grande
maioria tem imaginação, mas pouco conhecimento científico”.
Nossa base manufatureira foi desmantelada. Especuladores e golpistas atacaram o
Tesouro dos Estados Unidos e roubaram bilhões de pequenos acionistas que tinham
poupado para a aposentadoria ou o estudo. As liberdades civis, inclusive o
habeas corpus e a proteção contra a escuta telefônica sem mandado, foram
enfraquecidas. Serviços básicos, inclusive de educação pública e saúde, foram
entregues a corporações para explorar em busca do lucro. As poucas vozes
dissidentes, que se recusam a se engajar no papo feliz das corporações, são
desprezadas como freaks.
[...]
A fachada está desabando. Quanto mais gente se der conta de que fomos usados e
roubados, mais rapidamente nos moveremos doBrave New World de Huxley para o1984
de Orwell. O público, a certa altura, terá de enfrentar algumas verdades
doloridas. Os empregos com bons salários não vão voltar. Os maiores déficits da
história humana significam que estamos presos num sistema escravocrata de
dívida que será usado pelo estado corporativo para erradicar os últimos
vestígios de proteção social dos cidadãos, inclusive a Previdência Social.
O estado passou de uma democracia capitalista para o neo-feudalismo. E quando
essas verdades se tornarem aparentes, a raiva vai substituir o conformismo
feliz imposto pelas corporações. O vazio de nossos bolsões pós-industriais,
onde 40 milhões de norte-americanos vivem em estado de pobreza e dezenas de
milhões na categoria chamada “perto da pobreza”, junto com a falta de crédito
para salvar as famílias do despejo, das hipotecas e da falência por causa dos
gastos médicos, significam que o totalitarismo invertido não vai mais
funcionar.
Nós crescentemente vivemos na Oceania de Orwell, não mais no Estado Mundial de
Huxley. Osama bin Laden faz o papel de Emmanuel Goldstein em 1984. Goldstein,
na novela, é a face pública do terror. Suas maquinações diabólicas e seus atos
de violência clandestina dominam o noticiário noturno. A imagem de Goldstein
aparece diariamente nas telas de TV da Oceania como parte do ritual diário da
nação, os “Dois Minutos de Ódio”. E, sem a intervenção do estado, Goldstein,
assim como bin Laden, vai te matar. Todos os excessos são justificáveis na luta
titânica contra o diabo personificado.
A tortura psicológica do cabo Bradley Manning — que está preso há sete meses
sem condenação por qualquer crime — espelha o dissidente Winston Smith de 1984.
Manning é um “detido de segurança máxima” na cadeia da base dos Fuzileiros
Navais de Quantico, na Virginia. Eles passa 23 das 24 horas do dia sozinho. Não
pode se exercitar. Não pode usar travesseiro ou roupa de cama. Médicos do
Exército enchem Manning de antidepressivos. As formas cruas de tortura da
Gestapo foram substituídas pelas técnicas refinadas de Orwell, desenvolvidas
por psicólogos do governo, para tornar dissidentes como Manning em vegetais.
Quebramos almas e corpos. É mais eficaz. Agora todos podemos ir ao temido
quarto 101 de Orwell para nos tornarmos obedientes e mansos.
Essas “medidas administrativas especiais” são regularmente impostas em nossos
dissidentes, inclusive em Syed Fahad Hasmi, que ficou preso sob condições
similares durante três anos antes do julgamento. As técnicas feriram
psicologicamente milhares de detidos em nossas cadeias secretas em todo o
mundo. Elas são o exemplo da forma de controle em nossas prisões de segurança
máxima, onde o estado corporativo promove a guerra contra nossa sub-classe
política – os afro-americanos. É o presságio da mudança de Huxley para Orwell.
“Nunca mais você será capaz de ter um sentimento humano”, o torturador de
Winston Smith diz a ele em 1984.”Tudo estará morto dentro de você. Nunca mais
você será capaz de amar, de ter amigos, do prazer de viver, do riso, da
curiosidade, da coragem ou integridade. Você será raso. Vamos te apertar até
esvaziá-lo e vamos encher você de nós”.
O laço está apertando. A era do divertimento está sendo substituída pela era da
repressão. Dezenas de milhões de cidadãos tiveram seus dados de e-mail e de
telefone entregues ao governo. Somos a cidadania mais monitorada e espionada da
história humana. Muitos de nós temos nossa rotina diária registrada por câmeras
de segurança. Nossos hábitos ficam gravados na internet. Nossas fichas são
geradas eletronicamente. Nossos corpos são revistados em aeroportos e filmados
por scanners. Anúncios públicos, selos de inspeção e posters no transporte
público constantemente pedem que relatemos atividade suspeita. O inimigo está
em toda parte.
Aqueles que não cumprem com os ditames da guerra contra o terror, uma guerra
que, como Orwell notou, não tem fim, são silenciados brutalmente. Medidas
draconianas de segurança foram usadas contra protestos no G-20 em Pittsburgh e
Toronto de forma desproporcional às manifestações de rua. Mas elas mandaram uma
mensagem clara — NÃO TENTE PROTESTAR. A investigação do FBI contra ativistas
palestinos e que se opõem à guerra, que em setembro resultou em buscas em casas
de Minneapolis e Chicago, é uma demonstração do que espera aqueles que
desafiam o Newspeak oficial. Os agentes — ou a Polícia do Pensamento —
apreenderam telefones, computadores, documentos e outros bens pessoais.
Intimações para aparecer no tribunal já foram enviadas a 26 pessoas. As
intimações citam leis federais que proíbem “dar apoio material ou recursos para
organizações terroristas estrangeiras”. O Terror, mesmo para aqueles que não
tem nada a ver com terror, se torna o instrumento usado pelo Big Brother para
nos proteger de nós mesmos.
“Você está começando a entender o mundo que estamos criando?”, Orwell escreveu.
“É exatamente o oposto daquelas Utopias estúpidas que os velhos reformistas
imaginaram. Um mundo de medo, traição e tormento, um mundo em que se atropela e
se é atropelado, um mundo que, ao se sofisticar, vai se tornar cada vez mais
cruel”.

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